LABORATÓRIO COREOGRÁFICO IMPRUDENTE
Formadora Vânia Gala
Formadora Vânia Gala
Partindo da ideia de posicionamento enquanto acto performativo ou, mais mundanamente, enquanto posição assumida em, com ou dentro de corpos, iremos enquadrar perguntas e especular em conjunto sobre posicionamentos específicos numa oficina coreográfica e na forma de performances conversacionais à volta de uma mesa comprida com os participantes.
- Horários -
Quinta-feira, 12 de março:
18h00-20h30 (Oficina Imprudente - Ateneu de Coimbra)
21h30-23h00 (Mesa para Práticas Imprudentes - Ateneu de Coimbra)
Quinta-feira, 12 de março:
18h00-20h30 (Oficina Imprudente - Ateneu de Coimbra)
21h30-23h00 (Mesa para Práticas Imprudentes - Ateneu de Coimbra)
Sexta-feira, 13 de março:
14h00-18h00 + 19h30 - 22h (Oficina Imprudente - Ateneu de Coimbra)
14h00-18h00 + 19h30 - 22h (Oficina Imprudente - Ateneu de Coimbra)
Sábado, 14 de março:
10h00-13h00 + 15h00-19h00 (Oficina Imprudente - Ateneu de Coimbra)
10h00-13h00 + 15h00-19h00 (Oficina Imprudente - Ateneu de Coimbra)
Domingo, 15 de março:
10h00-13h00 (Oficina Imprudente- Ateneu de Coimbra)
14h30-17h30 (Mesa para Práticas Imprudentes - Encerramento - Salão Brazil)
10h00-13h00 (Oficina Imprudente- Ateneu de Coimbra)
14h30-17h30 (Mesa para Práticas Imprudentes - Encerramento - Salão Brazil)
Custo: Gratuito
- Vagas Limitadas -
Inscrições a partir do dia 15 de fevereiro pelo seguinte link
pwww.bit.do/labcoreograficoimprudente
Inscrições a partir do dia 15 de fevereiro pelo seguinte link
pwww.bit.do/labcoreograficoimprudente
MESA PARA PRÁTICAS IMPRUDENTES
Esta apresentação assume a forma de uma performance conversacional, a partir de uma mesa comprida com os participantes. Ela será escrita gerada e desenvolvida de forma semelhante à experienciação da minha prática tentada: interrompida por procedimentos aleatórios e outras intervenções inesperadas.
Partindo da ideia de posicionamento enquanto acto performativo ou, mais mundanamente, enquanto posição assumida em, com ou dentro de corpos, iremos enquadrar perguntas e especular em conjunto sobre posicionamentos específicos. Mais do que seguir as palavras "Ousadia" ou "Imprudência" a intenção é interpelar os modos como essas palavras podem ser praticadas no quotidiano presente. Quais os potenciais críticos desses posicionamentos? Iremos experimentar e olhar performances que se recusam a se actualizarem de forma particular ou mesmo aquelas que recusam certas chamadas para serem realizadas.
Ao abordar a performance a partir deste ponto de vista, pretendo criar uma abertura e partilhar performances, conhecimentos e mesmo conceitos alternativos que são frequentemente «menorizados» (E. Glissant, 1997) ou ignorados. Além disso, uma tal abordagem pode revelar-se produtiva nas trocas de performances imprudentes e generativas num tempo caracterizado por hyper-presença e compulsão para performar.
Partindo da ideia de posicionamento enquanto acto performativo ou, mais mundanamente, enquanto posição assumida em, com ou dentro de corpos, iremos enquadrar perguntas e especular em conjunto sobre posicionamentos específicos. Mais do que seguir as palavras "Ousadia" ou "Imprudência" a intenção é interpelar os modos como essas palavras podem ser praticadas no quotidiano presente. Quais os potenciais críticos desses posicionamentos? Iremos experimentar e olhar performances que se recusam a se actualizarem de forma particular ou mesmo aquelas que recusam certas chamadas para serem realizadas.
Ao abordar a performance a partir deste ponto de vista, pretendo criar uma abertura e partilhar performances, conhecimentos e mesmo conceitos alternativos que são frequentemente «menorizados» (E. Glissant, 1997) ou ignorados. Além disso, uma tal abordagem pode revelar-se produtiva nas trocas de performances imprudentes e generativas num tempo caracterizado por hyper-presença e compulsão para performar.
OFICINA DE IMPRUDÊNCIAS
Serão propostas diferentes áreas de inspiração para criar material que sirva à criação coreográfica relacionadas com ousadia e imprudência. Partiremos dos corpos e exploraremos posicionamentos específicos: posições invertidas, uso de forças opostas em relação.
Através de propostas posicionais e de lugar investigaremos em grupo o processo criativo de composição. Será dada especial atenção a aspectos não-hierárquicos comuns às práticas de colaboração nos processos coreográficos.
Como organizar e desorganizar actos performativos num lugar particular e em corpo(s) fazendo uso de ferramentas de improvisação e de auscultação. Estudaremos atentamente diversas metodologias de auscultação.
O dar voz ao não óptico. Explorar-se-ão novas capacidades de corpos infrequentes como performers (matérias, "coisas", lugares). A tarefa é aproximarmo-nos do “não- assinalado, não-falado, não-visto“ (Phelan, 1993) e o “não-ligado“ (Latour, 2005) na performance através de estratégias de auscultação. Assumir riscos na criação: (des)ocupação dos corpos, fragmentação, precaridade e suas (in)visibilidades no espaço performativo.
Práticas ou actos performativos não-normativos. A (não)performance (Moten, 2017) como algo fora da normatividade, fora da compulsão acrítica de actuar. Aqui pretende-se interpelar o valor transgressivo incontestável da presença e o privilegiar do "vivo" e "vivacidade" assumidos nas artes performativas que ignoram as presentes condições de produção. A teórica Eslovena Bojana Kunst aponta que "o capitalismo estabelece-se como o tipo de sistema que, na sua etapa final, se torna um sistema que abraça todos os comportamentos profanos (transgressão, rebelião, negatividade, provocação, consumo radical, etc.). Essa hiper-performatividade, contrariamente ao que muitos poderão pensar - particularmente nas artes performativas- evidencia o poder normativo da performance em detrimento das suas possibilidades críticas.
Exploraremos actos de evasão, actos de recusa, micro-actos esquecidos como formas transgressivas no tempo presente. O esconder, a camouflage como actos transgressivos. Explorar este posicionamento particular é abrir espaço para outras possíveis coreografias que emergem da opacidade e resistem à compulsão performativa do tempo presente. O que pretendo aqui é explorarmos a oclusão não apenas por uma questão estética, mas como um valor político, um meio de preservar certas práticas e dimensões da existência do poder regulatório e da redução normativa, bem como a sua capacidade generativa na criação de formações relacionais radicalmente novas nas atuais circunstâncias.
Serão propostas diferentes áreas de inspiração para criar material que sirva à criação coreográfica relacionadas com ousadia e imprudência. Partiremos dos corpos e exploraremos posicionamentos específicos: posições invertidas, uso de forças opostas em relação.
Através de propostas posicionais e de lugar investigaremos em grupo o processo criativo de composição. Será dada especial atenção a aspectos não-hierárquicos comuns às práticas de colaboração nos processos coreográficos.
Como organizar e desorganizar actos performativos num lugar particular e em corpo(s) fazendo uso de ferramentas de improvisação e de auscultação. Estudaremos atentamente diversas metodologias de auscultação.
O dar voz ao não óptico. Explorar-se-ão novas capacidades de corpos infrequentes como performers (matérias, "coisas", lugares). A tarefa é aproximarmo-nos do “não- assinalado, não-falado, não-visto“ (Phelan, 1993) e o “não-ligado“ (Latour, 2005) na performance através de estratégias de auscultação. Assumir riscos na criação: (des)ocupação dos corpos, fragmentação, precaridade e suas (in)visibilidades no espaço performativo.
Práticas ou actos performativos não-normativos. A (não)performance (Moten, 2017) como algo fora da normatividade, fora da compulsão acrítica de actuar. Aqui pretende-se interpelar o valor transgressivo incontestável da presença e o privilegiar do "vivo" e "vivacidade" assumidos nas artes performativas que ignoram as presentes condições de produção. A teórica Eslovena Bojana Kunst aponta que "o capitalismo estabelece-se como o tipo de sistema que, na sua etapa final, se torna um sistema que abraça todos os comportamentos profanos (transgressão, rebelião, negatividade, provocação, consumo radical, etc.). Essa hiper-performatividade, contrariamente ao que muitos poderão pensar - particularmente nas artes performativas- evidencia o poder normativo da performance em detrimento das suas possibilidades críticas.
Exploraremos actos de evasão, actos de recusa, micro-actos esquecidos como formas transgressivas no tempo presente. O esconder, a camouflage como actos transgressivos. Explorar este posicionamento particular é abrir espaço para outras possíveis coreografias que emergem da opacidade e resistem à compulsão performativa do tempo presente. O que pretendo aqui é explorarmos a oclusão não apenas por uma questão estética, mas como um valor político, um meio de preservar certas práticas e dimensões da existência do poder regulatório e da redução normativa, bem como a sua capacidade generativa na criação de formações relacionais radicalmente novas nas atuais circunstâncias.
PRODUÇÃO
Solar des Kapängas e República Ninho da Matulónia
Solar des Kapängas e República Ninho da Matulónia
IMAGEM GRÁFICA
qui mera
qui mera
FINANCIAMENTO
22a Semana Cultural da UC
22a Semana Cultural da UC
APOIO
JACC
Salão Brazil
Ateneu de Coimbra
Junta de Freguesia dos Olivais
JACC
Salão Brazil
Ateneu de Coimbra
Junta de Freguesia dos Olivais