Conversas AFRO-PORT: Afrodescendência em debate
2 de Outubro 2019
18:30 TodoMundo
Av. Duque de Loulé 3A 1050-085 Lisboa
Em dezembro de 2013 as Nações Unidas proclamaram a década internacional do dos Afrodescendentes (2015-2024) sob o mote: Reconhecimento, justiça e desenvolvimento. Desde então o termo afrodescendente tem sido cada vez mais mobilizado por instituições e movimentos em contextos variados
O projeto AFRO-PORT: Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa, propõe-se a conhecer a população portuguesa de origem africana, cuja autoidentificação como afrodescendente orienta a sua participação no cenário social português. A investigação assume como objetivos:
O AFRO-PORT: Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa, é um projeto sediado no Centro de Estudos Sobre África e Desenvovimento (CESA), financiado pela FCT e coordenado pela professora Iolanda Évora
Vânia Gala
Coreógrafa e investigadora doutoranda, Kingston University, Londres
Vânia Gala é coreógrafa e investigadora, residente em Londres. Tem um bacherelato em Dança pela EDDC (European Dance Development Center, Arnhem) e um Mestrado em Coreografia com Distinção pelo Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance (Londres). É doutoranda na Kingston School of Arts e bolseira da PASS (Kingston University). As suas coreografias e mesas conversacionais exploram o potencial crítico do desaparecimento, opacidade e evasão em coregrafia no tempo presente. Em 2005 recebeu o prêmio de “Melhor Performance Feminina” no Dublin Fringe Festival. Em 2007 actuou no 1o Pavilhão Africano na Bienal de Veneza. Recentes criaçōes incluem “CoolingDown Signs” uma comissão Pan-Europeia da Beyond Front@ apresentada no Dance Week Festival (Croácia), D.I.D (Áustria), Front@ Festival (Eslovénia), Bakelit (Hungria). Em 2019 recebeu o prémio de Melhor Coreografia do Prémio Guia de Teatros pela sua colaboração com a companhia teatro Griot. Colaborou como performer com Les Ballets C. de La B., Constanza Macras e Sonia Boyce. Os seus trabalhos foram apresentados em Angola, Portugal, Noruega, Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Austria e Federação Russa.
2 de Outubro 2019
18:30 TodoMundo
Av. Duque de Loulé 3A 1050-085 Lisboa
Em dezembro de 2013 as Nações Unidas proclamaram a década internacional do dos Afrodescendentes (2015-2024) sob o mote: Reconhecimento, justiça e desenvolvimento. Desde então o termo afrodescendente tem sido cada vez mais mobilizado por instituições e movimentos em contextos variados
O projeto AFRO-PORT: Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa, propõe-se a conhecer a população portuguesa de origem africana, cuja autoidentificação como afrodescendente orienta a sua participação no cenário social português. A investigação assume como objetivos:
- 1) Questionar a afrodescendência como uma categoria associada à história colonial;
- 2) Interrogaraemergênciadosafrodescendentescomonovocoletivoeoseuestatuto
na sociedade portuguesa; - 3) Compreender quais os mecanismos que excluem a afrodescendência enquanto
uma identidade específica e, em simultâneo, identificar os processos de afirmação
coletiva e de conquista de direitos e reconhecimento social; - 4) Identificar as principais dinâmicas do ativismo e da participação cultural.
- 1) OquesignificaserafrodescendenteemPortugal?Quemcabenestetermo?Quem usa e quem reivindica?
- 2) Estamos face à uma categoria social? Como pensam e se posicionam os movimentos negros-africanos em Portugal em relação à afrodescendência?
- 3) Afrodescendente: um simples termo ou um quadro conceptual?
O AFRO-PORT: Afrodescendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa, é um projeto sediado no Centro de Estudos Sobre África e Desenvovimento (CESA), financiado pela FCT e coordenado pela professora Iolanda Évora
Ana Cristina Pereira
Investigadora Doutoranda, CECS — Universidade do Minho
Ana Cristina Pereira (também conhecida como Kitty Furtado) aguarda defesa da tese de doutoramento em Estudos Culturais intitulada Alteridade e identidade na ficção cinematográfica em Portugal e em Moçambique, no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, pelo qual é bolseira FCT. Tem como principais interesses de investigação: racismo, identidade social, representações sociais e memória cultural no cinema pós-colonial, sobre os quais tem editados vários artigos científicos em publicações nacionais e internacionais. É membro do projeto Memória, Culturas e Identidades: o passado e o presente das relações interculturais em Moçambique e Portugal, financiado pela FCT e pela Fundação Aga Khan e também do projeto A margem do cinema português: estudo sobre o cinema português afrodescendente produzido em Portugal, financiado pela Fundação Gulbenkian.
Ana Tavares
Ana Tavares, filha de cabo-verdianos, nasce em Lisboa em 1991. No percurso da sua vida, passada em Portugal, sente-se conectada a Cabo Verde e à cultura cabo-verdiana através dos seus pais e família, contudo nunca chega a aprender o crioulo. Nessa tentativa de se encontrar, decide fazer o seu trabalho de investigação de mestrado na cidade da Praia, o que resulta de um aprofundamento da história colonial e da luta anti-racista. Agora, arquiteta, pretende, a partir da sua prática profissional, trabalhar no sentido de combater as desigualdades e injustiças existentes. Foi membro do NARP (Núcleo Anti-racista do Porto).
Ana Tica
Afrodescendente licenciada em Animação Sociocultural e mestranda em Gestão de Organizações de Economia Social.
Ana Tica nasceu em Lisboa, em 1979, e é de origem cabo-verdiana. É Atua desde 2001 em movimentos anti-racistas e em projetos de combate à exclusão social. Parte do seu trabalho tem incidido o sobre o Artivismo como ferramenta de produção de
Investigadora Doutoranda, CECS — Universidade do Minho
Ana Cristina Pereira (também conhecida como Kitty Furtado) aguarda defesa da tese de doutoramento em Estudos Culturais intitulada Alteridade e identidade na ficção cinematográfica em Portugal e em Moçambique, no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, pelo qual é bolseira FCT. Tem como principais interesses de investigação: racismo, identidade social, representações sociais e memória cultural no cinema pós-colonial, sobre os quais tem editados vários artigos científicos em publicações nacionais e internacionais. É membro do projeto Memória, Culturas e Identidades: o passado e o presente das relações interculturais em Moçambique e Portugal, financiado pela FCT e pela Fundação Aga Khan e também do projeto A margem do cinema português: estudo sobre o cinema português afrodescendente produzido em Portugal, financiado pela Fundação Gulbenkian.
Ana Tavares
Ana Tavares, filha de cabo-verdianos, nasce em Lisboa em 1991. No percurso da sua vida, passada em Portugal, sente-se conectada a Cabo Verde e à cultura cabo-verdiana através dos seus pais e família, contudo nunca chega a aprender o crioulo. Nessa tentativa de se encontrar, decide fazer o seu trabalho de investigação de mestrado na cidade da Praia, o que resulta de um aprofundamento da história colonial e da luta anti-racista. Agora, arquiteta, pretende, a partir da sua prática profissional, trabalhar no sentido de combater as desigualdades e injustiças existentes. Foi membro do NARP (Núcleo Anti-racista do Porto).
Ana Tica
Afrodescendente licenciada em Animação Sociocultural e mestranda em Gestão de Organizações de Economia Social.
Ana Tica nasceu em Lisboa, em 1979, e é de origem cabo-verdiana. É Atua desde 2001 em movimentos anti-racistas e em projetos de combate à exclusão social. Parte do seu trabalho tem incidido o sobre o Artivismo como ferramenta de produção de
subjetividades. Realizou em 2006, a Iniciativa Juvenil Putos Qui ata Cria, galardoada como boa prática pelo Comissariado Europeu para a Educação, Formação, Cultura e Juventude, e, em 2011 realizou o filme documentário Nôs Terra, centrado no processo de construção de um contra discurso protagonizado por jovens negros portugueses.
Trabalha em Desenvolvimento Comunitário, procurando responder a necessidades, interesses e aspirações de comunidades urbanas vulneráveis, envolvendo-as como agente do seu próprio desenvolvimento sustentável.
Evalina Dias
Gestora de projetos, Djass - Associação de Afrodescendentes
Portuguesa de origem africana (Guiné-Bissau) é licenciada em Gestão e Administração Pública (especialização em Gestão de Recursos Humanos) pelo ISCSP e mestre em Estudos do Desenvolvimento (especialização em Desenvolvimento Sustentável) pelo ISCTE.
Conta com larga experiência profissional em cargos administrativos e de assessoria desempenhados na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e no Parlamento Europeu (Bruxelas e Lisboa). Recentemente exerceu funções de consultoria em desenvolvimento comunitário na Fundação Aga Khan Portugal. Ativista pelos direitos humanos e das populações migrantes em Portugal, é fundadora e vice-Presidente da associação Djass—Associação de Afrodescendentes e membro em organizações que promovem a defesa dos direitos das mulheres, comunidade LGBT e refugiados. Considera como valores fundamentais a justiça, a igualdade e a equidade.
Rui Landim
Afrodescendente.
Nasceu em Vila Franca de Xira - Lisboa em 1991. Identifica-se como cabo-verdiano de corpo e alma. Encontra-se neste momento a acabar a licenciatura em Estudos Africanos, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.. Vai trilhando aos poucos com dedicação e alguns sobressaltos o seu caminho enquanto filho da diáspora. Desde de 2014 que tem procurado atuar junto das comunidades afrodescendentes e também junto da academia tentando promover um pensamento crítico e afrocentrado. Foi também coordenador do Núcleo de Estudos e Estudantes Africanos da Faculdade de Letras. Núcleo esse que tinha como principais objectivos promover África nas suas várias vertentes artísticas e culturais, abrir caminho para o debate de assuntos gerais sobre África que a imprensa em geral e a academia em Portugal ignoravam e criar um espaço de integração e união entre os alunos africanos da Faculdade. Neste momento trabalha na área do investimento imobiliário, e tem vários projectos em fase embrionária virados para a comunidades de afrodescendentes.
Trabalha em Desenvolvimento Comunitário, procurando responder a necessidades, interesses e aspirações de comunidades urbanas vulneráveis, envolvendo-as como agente do seu próprio desenvolvimento sustentável.
Evalina Dias
Gestora de projetos, Djass - Associação de Afrodescendentes
Portuguesa de origem africana (Guiné-Bissau) é licenciada em Gestão e Administração Pública (especialização em Gestão de Recursos Humanos) pelo ISCSP e mestre em Estudos do Desenvolvimento (especialização em Desenvolvimento Sustentável) pelo ISCTE.
Conta com larga experiência profissional em cargos administrativos e de assessoria desempenhados na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e no Parlamento Europeu (Bruxelas e Lisboa). Recentemente exerceu funções de consultoria em desenvolvimento comunitário na Fundação Aga Khan Portugal. Ativista pelos direitos humanos e das populações migrantes em Portugal, é fundadora e vice-Presidente da associação Djass—Associação de Afrodescendentes e membro em organizações que promovem a defesa dos direitos das mulheres, comunidade LGBT e refugiados. Considera como valores fundamentais a justiça, a igualdade e a equidade.
Rui Landim
Afrodescendente.
Nasceu em Vila Franca de Xira - Lisboa em 1991. Identifica-se como cabo-verdiano de corpo e alma. Encontra-se neste momento a acabar a licenciatura em Estudos Africanos, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.. Vai trilhando aos poucos com dedicação e alguns sobressaltos o seu caminho enquanto filho da diáspora. Desde de 2014 que tem procurado atuar junto das comunidades afrodescendentes e também junto da academia tentando promover um pensamento crítico e afrocentrado. Foi também coordenador do Núcleo de Estudos e Estudantes Africanos da Faculdade de Letras. Núcleo esse que tinha como principais objectivos promover África nas suas várias vertentes artísticas e culturais, abrir caminho para o debate de assuntos gerais sobre África que a imprensa em geral e a academia em Portugal ignoravam e criar um espaço de integração e união entre os alunos africanos da Faculdade. Neste momento trabalha na área do investimento imobiliário, e tem vários projectos em fase embrionária virados para a comunidades de afrodescendentes.
Vânia Gala
Coreógrafa e investigadora doutoranda, Kingston University, Londres
Vânia Gala é coreógrafa e investigadora, residente em Londres. Tem um bacherelato em Dança pela EDDC (European Dance Development Center, Arnhem) e um Mestrado em Coreografia com Distinção pelo Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance (Londres). É doutoranda na Kingston School of Arts e bolseira da PASS (Kingston University). As suas coreografias e mesas conversacionais exploram o potencial crítico do desaparecimento, opacidade e evasão em coregrafia no tempo presente. Em 2005 recebeu o prêmio de “Melhor Performance Feminina” no Dublin Fringe Festival. Em 2007 actuou no 1o Pavilhão Africano na Bienal de Veneza. Recentes criaçōes incluem “CoolingDown Signs” uma comissão Pan-Europeia da Beyond Front@ apresentada no Dance Week Festival (Croácia), D.I.D (Áustria), Front@ Festival (Eslovénia), Bakelit (Hungria). Em 2019 recebeu o prémio de Melhor Coreografia do Prémio Guia de Teatros pela sua colaboração com a companhia teatro Griot. Colaborou como performer com Les Ballets C. de La B., Constanza Macras e Sonia Boyce. Os seus trabalhos foram apresentados em Angola, Portugal, Noruega, Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Austria e Federação Russa.
Vítor Gonçalves (Tito)
Artista, músico, empreendedor
Nasceu em Lisboa poucos meses depois da Revolução, filho de pais Cabo-verdianos, passou sua infância e juventude na cidade da Praia, em Cabo Verde. Viajou para Europa, América do Norte e do Sul e regressou em Lisboa, estavelmente, cinco anos atrás para começar o seu próprio projeto cultural. Hoje é gerente de um pequeno atelier em Mouraria onde organiza eventos musicais e artísticos, focando e refletindo sobre a africanidade da cidade de Lisboa e suas conexões com Cabo Verde e outros países Africanos.
Sadiq Habib
Investigador do projecto AFRO-PORT
Nascido na Lisboa dos anos 80 no seio de uma recém-chegada família-comunidade indiana-muçulmana, com raízes em Moçambique e no Gujarat, as práticas de interpretação e tradução intercultural inerentes a uma existência minoritária conduziram-no a uma licenciatura em antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas em 2007.
Desde então, adoptou como objeto de pesquisa central as diásporas muçulmanas no Ocidente, visando o auto-conhecimento e a resposta ao ao clima crescentemente islamofóbico do pós-11 de Setembro. Tendo terminado uma pós-graduação em Migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo em 2012, obteve no mesmo ano uma bolsa completa para um programa interdisciplinar em Estudos Islâmicos e Humanidades no Instituto de Estudos Ismailis em Londres, que completou em 2015 com a obtenção de um mestrado em Pensamento Político Comparativo pela SOAS (School of Oriental and African Studies, Universidade de Londres). ~
Artista, músico, empreendedor
Nasceu em Lisboa poucos meses depois da Revolução, filho de pais Cabo-verdianos, passou sua infância e juventude na cidade da Praia, em Cabo Verde. Viajou para Europa, América do Norte e do Sul e regressou em Lisboa, estavelmente, cinco anos atrás para começar o seu próprio projeto cultural. Hoje é gerente de um pequeno atelier em Mouraria onde organiza eventos musicais e artísticos, focando e refletindo sobre a africanidade da cidade de Lisboa e suas conexões com Cabo Verde e outros países Africanos.
Sadiq Habib
Investigador do projecto AFRO-PORT
Nascido na Lisboa dos anos 80 no seio de uma recém-chegada família-comunidade indiana-muçulmana, com raízes em Moçambique e no Gujarat, as práticas de interpretação e tradução intercultural inerentes a uma existência minoritária conduziram-no a uma licenciatura em antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas em 2007.
Desde então, adoptou como objeto de pesquisa central as diásporas muçulmanas no Ocidente, visando o auto-conhecimento e a resposta ao ao clima crescentemente islamofóbico do pós-11 de Setembro. Tendo terminado uma pós-graduação em Migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo em 2012, obteve no mesmo ano uma bolsa completa para um programa interdisciplinar em Estudos Islâmicos e Humanidades no Instituto de Estudos Ismailis em Londres, que completou em 2015 com a obtenção de um mestrado em Pensamento Político Comparativo pela SOAS (School of Oriental and African Studies, Universidade de Londres). ~
Desde 2018, é doutorando na mesma instituição, em Religiões e Filosofias, onde investiga a reconstrução identitária de jovens adultos Ismailis em Lisboa, à luz dos enovelamentos entre esta comunicadade muçulmana e o colonialismo e pós-colonialismo português.
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